O TEMPO QUARESMAL
Quaresma: o grande retiro cristão

Ao longo do
período quaresmal somos convidados a meditar e reconhecer a presença de
Deus em nossa vida, em nossas alegrias e dores, lutas e vitórias. Essa
mística é tão forte nesse período que contemplamos a caminhada do povo
hebreu pelo deserto, por 40 anos, para chegar a terra prometida.
Contemplamos também os 40 dias de retiro que Jesus passou no deserto,
após o seu batismo, preparando-se para iniciar a missão que o Pai lhe
havia confiado.
"A Quaresma é um tempo forte de conversão, de mudança interior, tempo
de deixar tudo o que é velho em nós, tempo de assumir tudo o que traz
vida para a gente, em nossas comunidades e na sociedade. Tempo de graça e
salvação, onde nos preparamos para viver, de maneira intensa, livre e
amorosa, o momento mais importante do ano litúrgico, da história da
salvação, a Páscoa, Aliança definitiva, vitória sobre o pecado, a
escravidão e a morte" (Manual da CF, CNBB).
A Quaresma é marcada por uma espiritualidade penitencial, de recordação
da vida à luz do mistério da paixão e morte de Cristo Jesus. A liturgia
acompanha essa mística através de cantos, leituras e orações que ajudam
o coração e a mente dos fiéis a realizar o exame de consciência sobre
suas atitudes diante de Cristo, de sua Igreja e dos irmãos, de modo
especial aqueles que padecem como o Cristo sofredor.

A Igreja Católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na
Quarta-feira de Cinzas (Mt 6,1-6.16-18), três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.
Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o
cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista
justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então
recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca
inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma
consequência da penitência.
Ao longo desse período quaresmal, voltaremos a tratar dessas três
grandes linhas de forma mais detalhada, sugerindo formas de integrá-las a
nossa prática catequética... ATÉ BREVE.
Fabiano Lucio
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