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domingo, 16 de setembro de 2012

Missa e seu significado



 
“Pegando o cálice, deu graças e disse: 'Tomai este cálice e distribuí-o entre vós (...) Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: 'Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: "Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós...".

(Lc 22, 17-20)


Nessa ocasião Jesus celebrou a primeira missa. É importante notar que o Senhor pede que o cálice seja distribuído entre todos; é a partilha, a comunhão entre os presentes. Depois, Jesus diz “isto é”. Ele não disse isto representa ou significa, mas disse bem claramente “é”. Neste momento, no mundo inteiro é celebrada uma missa onde o pão é transformado no Corpo de Cristo e o vinho transformado em Seu Sangue, pelo poder do Espírito Santo.

O grande milagre

A Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração da qual dispõe o católico.

Entretanto, se não conhecemos o seu valor e significado e repetimos as orações de maneira mecânica, não usufruiremos os imensos benefícios que a missa traz.

Lembremo-nos, antes de qualquer coisa, de que somos convidados especiais. Jesus convida a cada um de nós em particular para esta festa. Preparemo-nos, portanto, de um modo muito mais cuidadoso do que para qualquer outra festa, porque nesse caso o anfitrião é Deus em pessoa.

Ao entrar na Igreja, saibamos dar valor à graça de Deus que nos trouxe ao momento presente, abrindo nosso coração na certeza de que Deus nos ama. Ao entrar, é também importante persignar-se com água benta, pois essa é uma maneira de recordarmos o nosso Batismo e invocar a proteção e a bênção do Senhor.

A Missa é para todos, mas a maneira de cada um participar pode ser diferente. Depende da fé que as pessoas têm. Existe quem vem à Missa para fazer pedidos a Deus, outros apenas para cumprir uma obrigação e outros com alegria e fé, para louvar e bendizer a Deus. E você porque veio à Missa? (pausa)

Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte história:

Numa certa cidade, uma bela catedral estava sendo construída. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas de operários moviam-se por todos os lados para levantá-la. Um dia, um visitante ilustre passou para visitar a grande construção. O visitante observou como aqueles trabalhadores passavam, um após o outro, carregando pesadas pedras, e resolveu entrevistar três deles. A pergunta foi a mesma para todos.

- O que você está fazendo?

- Carregando pedras, disse o primeiro.
- Defendendo meu pão, respondeu o segundo.

Mas o terceiro respondeu:

- Estou construindo uma catedral, onde muitos louvarão a Deus, e onde meus filhos aprenderão o caminho do céu.

Essa história relata que apesar de todos estarem realizando a mesma tarefa, porém a maneira de cada um realizar é diferente. Assim igualmente acontece com a Missa. Ela é a mesma para todos, contudo a maneira de participar é diferente, dependendo da fé e do interesse de cada um:

- Existem os que vão para cumprir um preceito;

- Há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;

- E há aqueles que vão à Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos.

MAS PORQUE IR À IGREJA?

O individualismo não tem lugar no Evangelho, pois a Palavra de Deus nos ensina a viver fraternalmente. O próprio céu é visto como uma multidão em festa e não como indivíduos isolados. A Igreja é o povo de Deus. Com ela Jesus fez a Nova e Eterna Aliança no seu Sangue. A palavra Igreja significa Assembléia. É um povo reunido na fé, no amor e na esperança pelo chamado de Jesus Cristo.

A Missa foi sempre o centro da comunidade e o sinal da unidade, pois é celebrada por aqueles que receberam o mesmo batismo, vivem a mesma fé e se alimentam do mesmo Pão. Todos os fiéis formam um só "corpo". São Paulo disse aos cristãos: "Agora não há mais judeus nem grego, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher. Pois todos vós sois UM SÓ em Cristo Jesus" (Gl 3,28).

Estes textos e imagens foram tirados do site catequisar

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Sacrificio de Isaac





Abraão é o pai de todos os que tem fé. Acreditou em Deus e viveu segundo a fé. Na fé, praticou a justiça, até mesmo para com seus inimigos.

Impressiona, em Abraão, seu coração de pai. Acreditou que seria pai de um grande povo, em que todas as famílias da Terra seriam abençoadas (Gn 12,2s).

Durante 30 anos esperou e desejou o filho prometido por Deus. Sua casa se encheu de alegria quando Sara, sua mulher, engravidou. A palavra de Deus começava a se tornar realidade.

Abraão já era idoso quando Isaac nasceu. Além do amor de pai, dedicava ao menino um carinho e uma atenção de avô. Mas enquanto o via crescer, formava-se em seu coração uma nuvem de tristeza: deveria sacrificá-lo a Deus.

O povo de Canaã, que havia adotado Abraão como aliado e amigo, costumava sacrificar a Deus o que havia de melhor em sua vida: os primeiros frutos da terra, as primeiras crias dos rebanhos e, o que é mais incrível, os seus próprios filhos primogênitos.

Abraão era um homem religioso. Doía-lhe imensamente ter de sacrificar seu filho. Mas o faria, sem dúvida, se Deus lhe pedisse. O que o entristecia, porém, não era apenas a dor de perder o filho, pois sabia que nada se pode recusar a Deus!

O problema de Abraão era outro: como conciliar a exigência da religião com sua missão? Deus o escolhera para ser pai de um povo numeroso como as areias do mar. Parecia agora exigir duas coisas contraditórias: sacrificar o filho que seria a semente de uma grande nação. Que fazer? Era uma grande provação para o velho Abraão.

A Bíblia o mostra no admirável relato do capítulo 22 do Livro do Gênesis: "Deus pôs Abraão à prova" -nos diz o texto.

Abraão, homem religioso por excelência, vive até o fim essa contradição. Faz tudo o que é necessário para sacrificar o filho: pega o menino, sobe a montanha com a machadinha e com a lenha, amarra o filho e desembainha a arma.

Nesse momento preciso, um chamado do céu o interrompe e o ilumina: "Não estenda a mão contra o menino. Agora sei que você teme a Deus, pois não me recusou seu filho único!" Ao mesmo tempo, Abraão vê um cordeiro preso pêlos chifres num arbusto, e o oferece em holocausto em lugar do filho.

O segredo da fé é não querer resolver os problemas do nosso ponto de vista, mas confiar em Deus até o fim: fazer tudo o que ele nos parece exigir, mas permanecer aberto aos mínimos
sinais de sua vontade, que se manifesta nas pessoas e nos acontecimentos com que convivemos.

O sacrifício de Isaac revela dois aspectos profundos da história da salvação.

Primeiro: não se pode recusar nada a Deus, ainda que nos pareça absolutamente absurdo o que ele nos pede, como foi, para Abraão, o sacrifício do filho da promessa. É preciso ser fiel até o fim à nossa consciência religiosa, e fazer tudo que nos parecer realmente pedido por Deus.

Nada, porém, nos autoriza a seguir a nossa própria cabeça. Religião não é fanatismo. E preciso, sobretudo, ser fiel à realidade, aos acontecimentos, aos outros que nos vão mostrando o caminho a seguir através das exigências de justiça e de misericórdia que surgem a cada curva do caminho da vida.

Na nossa vida, nada acontece à toa. Deus escreve certo por linhas tortas.

Segundo: a prática da fé está na fidelidade à vontade de Deus manifestada nos acontecimentos inesperados de todo dia, como fora inesperado o aparecimento do cordeiro, preso no arbusto naquele preciso momento, sobre a montanha, que foi chamada de Deus dá sempre um jeito!

Sendo fiéis à realidade de cada dia, rotineira ou contraditória e incompreensível, estamos escrevendo a história da salvação.